As Empresas 4.0 em Portugal
Nos objetivos da Transformação Digital e reforço da economia em Portugal, a digitalização das empresas 4.0 surge em destaque.
Este é um dos eixos do PRR para a transição digital, tal como já abordámos no nosso blog. Mas afinal, o que são as empresas 4.0?
O conceito de empresa 4.0 foi reconhecido oficialmente em 2011, na Feira de Hannover, Alemanha.
As empresas 4.0 estão englobadas num conceito mais abrangente que inclui às inovações tecnológicas em diversos setores do mundo atual. É o caso da automação, da análise em tempo real, da conetividade em rede, da virtualização e flexibilidade de processos, da computação em nuvem, etc.
A expressão 4.0 é, na verdade, uma referência à 4ª Revolução Industrial, que foca a melhoria da eficiência e produtividade dos processos.
“A Indústria 4.0 facilita a visão e execução de "Fábricas Inteligentes" com as suas estruturas modulares, os sistemas ciber-físicos monitoram os processos físicos, criam uma cópia virtual do mundo físico e tomam decisões descentralizadas. Com a internet das coisas, os sistemas ciber-físicos comunicam e cooperam entre si e com os humanos em tempo real, e através da computação em nuvem, ambos os serviços internos e intra-organizacionais são oferecidos e utilizados pelos participantes da cadeia de valor”, adianta a Wikipedia.
O advento de todas estas novas tecnologias permite um sem número de oportunidades para as empresas, desde a agregação de valor aos clientes ao aumento da produtividade.
Quais são as características das empresas 4.0?
A empresa 4.0 representa um grande avanço na organização e no controlo de fabrico de produtos, causando diversas alterações nos paradigmas da indústria.
Segundo o blog Milvus, as empresas 4.0 são caracterizadas por:
· Descentralização
Capacidade de projetar processos autônomos dentro de diversos setores nas fábricas com elementos ciber-físicos que, por sua vez, possuem a capacidade de tomar decisões de forma independente.
· Virtualização
Possibilidade de gerar cópias virtuais da fábrica coletando dados e moldando processos industriais, assim, obtendo modelos de simulação.
· Flexibilidade
Capacidade de se adaptar às necessidades da empresa, podendo atender à demanda de negócios de acordo com os requisitos exigidos.
· Análise em tempo real
Possibilidade de coletar e analisar uma enorme quantidade de dados (os chamos Big Data) que permitem o controle de processos e otimização de resultados.
Programas para apoiar a Capacitação Digital das Empresas em Portugal
O IAPMEI, I.P. vai coordenar todo o investimento da capacitação digital das empresas. Para este esforço contribuem as entidades públicas responsáveis pelo domínio do emprego, formação profissional e das qualificações.
De facto, Portugal é conhecido por ser um hub tecnológico muito apetecível na Europa. Só nos primeiros sete meses de 2022, foram criadas quase 30.000 empresas no país, sendo as
Tecnologias de Informação e Comunicação
uma das áreas com maior crescimento.
1. Academia Portugal Digital – plataforma e programa de desenvolvimento de competências digitais em larga escala para trabalhadores do setor empresarial, em regime de ensino presencial e misto. À semelhança do programa Emprego + Digital lançado em 2020, esta iniciativa será desenvolvida em estreita articulação com as confederações e associações empresariais.
2. Emprego + Digital 2025 – programa de capacitação em tecnologias digitais que visa responder aos desafios e oportunidades de diversos setores empresariais nomeadamente indústria, comércio, serviços, turismo e agricultura, economia do mar e construção, setores fortemente impactados pelos processos de transformação digital e pela pandemia da COVID-19.
Transição Digital
Existem 4 programas para a Transição Digital das empresas, que abrem caminho para as várias vertentes da transição digital:
1. Rede Nacional de Test Beds – Criação de uma rede nacional de test beds através de infraestruturas que visam criar as condições necessárias às empresas para o desenvolvimento e teste de novos produtos e serviços, e para acelerar o processo de transição digital, seja via um espaço físico ou de simulador virtual;
2. Comércio Digital – Programa para a digitalização de PMEs (ver artigo MBA de Gestão de PMEs), com foco em micro-PME da área do comércio, com vista a ativar os seus canais de comércio digitais, incorporar tecnologia nos modelos de negócio, bem como desmaterializar os processos com clientes, e fornecedores e logística por via da utilização das tecnologias de informação e comunicação e apoiar a internacionalização. Integra 3 projetos – “Aceleradoras de Comércio Digital”, “Bairros Comerciais Digitais” e “Internacionalização via E-commerce”;
3. Apoio a Modelos de Negócio para a Transição Digital (Coaching0) – Enquadrado no programa nacional para a Indústria 4.0 esta iniciativa visa fomentar a integração de tecnologia nas empresas, apoiando o desenvolvimento de processos e competências organizacionais que fomentem a transformação digital do modelo de negócio das organizações;
4. Empreendedorismo – Investimentos que materializam o reforço na apota estratégica de desenvolvimento do ecossistema empreendedor, que passa por apoiar diretamente start-ups, por norma em fase de “seeding” visando o desenvolvimento de novos produtos e serviços com forte componente digital e verde, pela consolidação da estrutura existente de apoio ao empreendedorismo (Startup Portugal) e também pelo apoio ao desenvolvimento de incubadoras e aceleradoras. Integra 3 projetos: “Voucher para Startups – Novos Produtos Verdes e Digitais”, “Reforço da Estrutura nacional para o empreendedorismo” e “Vale para Incubadoras/ Aceleradoras”.
Referências:
Ferramentas de ia (inteligência artificial) de marketing e vendas para PMEs
IAPMEI Sistema de incentivo PRR
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