As mudanças climáticas fazem aumentar a ocorrência de pragas?
Os ecossistemas e os insetos estão em risco dando origem a fenómenos como a extinção em massa ou novas e mais frequentes pragas.
À medida que a temperatura da Terra aumenta e os padrões climáticos mudam, fica cada vez mais claro que as pragas de animais também podem se tornar mais comuns num futuro previsível.
Novos contextos dão origem a novas pragas
Uma das principais razões para isso é que a mudança climática pode criar novos habitats para o desenvolvimento de pragas e doenças.
Por exemplo, temperaturas mais altas podem permitir que certos tipos de insetos e parasitas sobrevivam e se reproduzam em áreas onde antes não podiam fazê-lo.
Isso pode levar a surtos de doenças como a malária, transmitida por mosquitos, ou o vírus do Nilo Ocidental, transmitido por carrapatos e mosquitos. A própria desinfestação destas pragas torna-se um processo mais complexo e desafiante
Por exemplo, eventos climáticos extremos como ondas de calor, secas e inundações podem stressar os animais e enfraquecer os seus sistemas imunológicos, tornando-os mais vulneráveis a doenças.
Por exemplo, um surto de doença numa pequena população de animais pode acabar com toda a espécie se ela não conseguir se recuperar.
Animais domésticos como vacas, porcos e galinhas também são vulneráveis, e um surto de doença nesses animais pode ter implicações econômicas e de segurança alimentar significativas.
O que podemos fazer para reduzir os riscos?
Podemos fazer muita coisa desde que o façamos de forma concertada. Isto implica reduzir as nossas emissões de carbono, proteger e conservar a biodiversidade e investir em pesquisa e tecnologias que possam ajudar-nos na adaptação às mudanças climáticas.
Caso prático: Vespa Velutina (asiática) no continente Europeu
São insetos não autóctones que facilmente desbastam as culturas de abelhas tão comuns e necessárias para a biodiversidade do nosso continente. Para exemplificar deixamos abaixo uma imagem onde é perceptível o seu tamanho real (enorme)!
Vídeo da Animal Planet com uma explicação referente à entrada desta espécie invasora na Europa:
Cientistas ainda discutem se as mais recentes mudanças climatéricas desempenharam um papel nessa disseminação, pois uma mudança climática pode afetar a distribuição e a abundância das espécies.
No entanto, também é provável que a disseminação das vespas asiáticas para a Europa e outras partes do mundo se deva em grande parte às atividades humanas, como a movimentação de mercadorias e o transporte de plantas e animais.
As vespas também foram encontradas em outras partes do mundo, incluindo os Estados Unidos, onde foram descobertas pela primeira vez em 2016 na Louisiana.
Considerações finais
Cabe-nos a nós fazer a nossa parte para prevenir esta e outras catástrofes relacionadas com o uso que fazemos dos recursos deste nosso planeta.
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Fontes: Quora.com, Animal Planet,