A Broa de Milho Portuguesa é um dos 50 melhores pães do mundo
Foto: Wikipedia Commons
A CNN Travel fez a lista dos melhores 50 pães do mundo e um deles tem origem portuguesa; a Broa de Milho.
O mesmo meio de comunicação já antes tinha incluído uma sopa portuguesa entre as 20 melhores sopas do mundo: o Caldo Verde.
A Broa de Milho Portuguesa
“O milho e o trigo mourisco são moídos na pedra, peneirados e amassados numa gamela de madeira para a versão mais tradicional deste pão do campo do Norte de Portugal”, diz a jornalista Je
CNN.Numa linguagem quase poética, é descrito o processo de produção da Broa de Milho: “Quando os pães são cozidos em fornos de pedra a lenha, um arquipélago de pedaços de côdea farinhenta expande-se sobre fendas profundas. Os próprios fornos são selados com massa de pão, que atua como um temporizador natural do forno: o pão está pronto quando as tiras de massa ficam tostadas de castanho”.
O texto dedicado ao pão português termina com um pequeno enquadramento histórico. “Os europeus não provaram o milho até chegarem às Américas, mas este seria avidamente adotado nas regiões do norte de Portugal, onde as condições do solo são pouco propícias ao cultivo do trigo”.
O Pão de Queijo do Brasil
Há outra especialidade bem conhecida a “falar” português, desta vez com sotaque brasileiro. “É um triunfo do engenho na cozinha o facto de a mandioca nativa da América do Sul ser consumida: A raiz amilácea tem cianeto natural suficiente para matar um ser humano”, revela o surpreendente artigo.
O processo de produção do Pão de Queijo é explicado da seguinte forma: “Ao tratar cuidadosamente a mandioca com um ciclo de imersão, prensagem e secagem, muitos dos grupos indígenas do continente encontraram uma maneira de transformar a raiz numa improvável estrela culinária. Agora, ela é a base de um dos petiscos mais saborosos do Brasil, um pãozinho de queijo cuja crosta crocante dá lugar a um interior tenro e levemente azedo”.
Os outros 48 pães que merecem lugar de destaque na lista são:
· Bolani, Afeganistão
· Lavash, Arménia
· Damper Bread, Austrália
· Luchi, Bangladesh
· Montreal bagels, Canadá
· Marraqueta, Chile
· Shaobing, China
· Pan Cubano, Cuba
· Libba, Egito
· Pupusas, El Salvador
· Injera, Etiópia
· Baguette, França
· Khachapuri, Georgia
· Pumpernickel, Alemanha
· Pai bao, Hong Kong
· Dökkt rúgbrauð, Islândia
· Paratha, Índia
· Roti gambang, Indonésia
· Sangak, Irão
· Soda bread, Irlanda
· Challah, Israel
· Ciabatta, Itália
· Bammy bread, Jamaica
· Kare pan, Japão
· Taboon bread, Jordânia
· Roti canai, Malásia
· Ħobż tal-Malti, Malta
· Tortillas, México
· Khobz kesra, Marrocos
· Fry bread, Nação Navajo
· Tijgerbrood, Países Baixos
· Rēwena parāoa, Nova Zelândia
· Lefse, Noruega
· Podplomyk, Polónia
· Karavai, Rússia
· Pane carasau, Sardenha
· Proja, Sérvia
· Gyeran-ppang, Coreia do Sul
· Appam, Sri Lanka
· Kisra, Sudão e Sudão do Sul
· Limpa bread, Suécia
· Balep korkun, Tibete
· Simit, Turquia
· Crumpets, Reino Unido
· Biscuits, EUA
· Non, Uzbekistão
· Arepa, Venezuela
· Malawach, Yémen
O Pão na perspetiva histórica
Jen Rose Smith falou com o historiador William Rubel, autor de "Bread: A Global History” para tentar encontrar uma definição de pão. Mas este argumenta que essa tarefa é “desnecessária e até contraproducente”. Isto porque "o pão é basicamente o que a sua cultura diz que é" e "não precisa de ser feito com nenhum tipo particular de farinha."
O que é importante reter é o processo de produção. O pão “transforma grãos básicos como trigo, centeio ou milho em alimentos duráveis que podem ser transportados para os campos, usados para alimentar um exército ou armazenados para o inverno”.
Qual o seu pão preferido? Deixe a sua opinião nos comentários abaixo.