A Almascience é um laboratório colaborativo de investigação tecnológica e desenvolvimento, que nasceu em 2016 vocacionado para o papel eletrónico e contando com o apoio da Imprensa Nacional-Casa da Moeda e forte participação da indústria portuguesa do papel.

O papel eletrónico é um tipo de tecnologia de visualização que utiliza pequenas partículas de pigmento suspensas num meio líquido. Estas partículas podem ser carregadas eletricamente para criar diferentes padrões na superfície do papel.

A vantagem do papel eletrónico é que pode ser feito muito fino e leve, tornando-o ideal para utilização em dispositivos portáteis como leitores eletrónicos e muito mais.

Como consome muito pouca energia, também o torna mais amigo do ambiente do que os tradicionais ecrãs LCD.

A Almascience tem vindo a trabalhar no desenvolvimento do papel eletrónico desde 2016, tendo conseguido um grande avanço com a ajuda de vários parceiros portugueses.

O objetivo sempre foi criar um novo tipo de papel eletrónico com aplicações transversais e a custos ambientais e operacionais mais baixos, garantindo a necessária flexibilidade dos componentes base.

Este é um grande avanço em comparação com a tecnologia de papel eletrónico existente, que é normalmente plana e frágil.

O novo papel eletrónico flexível pode ser utilizado numa vasta gama de aplicações, incluindo écrans roll-up para dispositivos portáteis, ou mesmo como material de embalagem que pode ser impresso com mensagens de marketing ou informação sobre o produto.

A tecnologia PaperWeight digital™ desenvolvida pela AlmaScience, utiliza biopolímeros eletronicamente ativos que são incorporados em papel, cortiça ou têxteis, para criar dispositivos funcionais que são sensíveis a estímulos mecânicos, como pressão, flexão e torção.

Como estes dispositivos serão maioritariamente constituídos por materiais orgânicos e de baixo impacto ambiental, tanto o seu fabrico, como aplicação e fim de vida se tornam incomensuravelmente menos impactantes e custosos.

Devido a estas características este tipo de tecnologia, tem o potencial de ter uma maior sustentabilidade e consciência ecológica ao mesmo tempo que permite baixar as barreiras de entrada digital, com produtos eletrónicos mais baratos e universais.

Esta evolução é especialmente saudada devido ao excessivo uso atual de chips em silício, um componente que carrega consigo um enorme peso de produção de lixo eletrónico, com dificuldades acrescidas no seu reaproveitamento, i.e., reciclagem.

Por outro lado, o papel é dos materiais mais reciclados na Europa e no mundo. De acordo com dados da EPA (agência governamental americana de proteção ambiental), +68% do papel usado nos Estados Unidos é reciclado.

De acordo com o Dr. Yoni Engel, Business Development Manager da Almascience, a empresa está agora a trabalhar na comercialização da sua nova tecnologia e existe elevada confiança de que será capaz de encontrar parceiros na indústria para produzir em massa esta tecnologia e trazê-la para o mercado nos próximos anos.

O desenvolvimento de papel eletrónico flexível é apenas um dos muitos projetos de investigação e desenvolvimento (R&D) em que Almascience está a trabalhar.

Quer saber mais sobre a Almascience? Visite www.almascience.pt